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O caçador de empresas (quase) falidas

15 abr, 2021 | Quist na Mídia

Em tempos de sufoco para as empresas, Quist Investimentos capta fundo de R$ 100 milhões para recuperar COMPANHIAS endividadas

Fonte: IstoÉ Dinheiro – 18/11/2019.

Alguns indicadores do mercado apontam que a economia brasileira pode retomar seu crescimento em breve. Entre esses sinais está o aumento do interesse de investidores nacionais e estrangeiros em empresas brasileiras que estejam em dificuldades. Um bom exemplo desse movimento é a Quist Investimentos, especializada no segmento de participações em empresas (private equity), que anunciou a captação de R$ 100 milhões para investir em companhias de médio porte com alto grau de endividamento, que estejam em processo de recuperação ou pré-recuperação. A ideia é adquirir o controle delas e implantar um plano de reestruturação de médio ou longo prazo conforme a situação de cada uma.

Apesar de ser muito comum nos Estados Unidos, este tipo de recurso para salvar empresas, também chamado de Distressed Private Equity, ainda é pouco usado no Brasil. Mas, de acordo com o fundador da Quist, Douglas Duek, isso começa a mudar. “Estamos uns 30 anos atrasados em relação ao mercado americano. Havia insegurança jurídica por conta de nossa legislação que não era favorável aos investidores. Mas as leis foram aprimoradas e a tendência é o surgimento de mais fundos como esse que nós captamos. Aliás, isso já está acontecendo.”

Duek analisa que o momento é bom para esse tipo de operação porque a crise fez com que muitas empresas se endividassem acima da capacidade que elas têm de cumprimento dos compromissos assumidos. Esse fator gera oportunidades de aquisições de controle acionário a custos competitivos. Isso, somado à expectativa de retomada do crescimento econômico, torna o negócio atraente para investidores. “A baixa dos juros faz o mercado ficar mais fácil para quem quer empreender porque as aplicações financeiras passaram a render muito menos. Então, o investidor tira o dinheiro do banco e o coloca em algo produtivo que lhe traga retorno melhor. Reformas como a da Previdência também contribuem porque aumentam a confiança do investidor na economia brasileira”, explica Duek.

RECUPERAÇÃO

Dados do Serasa Experian mostram que entre janeiro e setembro deste ano 1.030 empresas solicitaram recuperação judicial no Brasil. Deste total, 633 são de pequeno porte, 226 são médias e 171 grandes. No ano passado a quantidade foi um pouco maior, 1.072, sendo 645 pequenas, 253 médias e 165 grandes (confira números ao lado). Se operações como a da Quist se tornarem mais comuns no País é possível que outra estatística, a de empresas em situação falimentar, comece a diminuir. Nos primeiros nove meses de 2019, 1,1 mil empresas protocolaram pedido de falência.

Com essa captação, a Quist Investimentos pretende recuperar de cinco a sete empresas. Segundo o executivo, o fundo tem prospecto de sete anos. “Nos primeiros dois anos eu faço posição com a compra das empresas e o retorno aos investidores é prometido para ocorrer em sete anos”, afirma Duek. A promessa é retorno entre 25% e 30%. Há 12 anos no mercado, a Quist já investiu em cerca de 20 empresas e os fundos somados já captaram R$ 1,1 bilhão. A empresa também tem uma área de assessoria financeira, que presta serviços de reestruturação para terceiros. “Nessa área, já reestruturamos em torno de 150 empresas”.

O foco de atuação da Quist é amplo e envolve a possibilidade de investimentos em fazendas e empresas de agronegócio. As companhias que interessam são aquelas que possuem endividamento superior a 40% ou 50% do faturamento anual. De acordo com Duek, 70% do capital do fundo pertence a investidores americanos. Os 30% restantes foram completados com recursos da própria Quist e de investidores brasileiros. “Isso mostra que a operação é séria, caso contrário não correríamos o mesmo risco que eles. Mas não é só isso que aumenta a confiança. A participação da gestora local é importante por conhecer o funcionamento do mercado, a legislação existente. Isso tudo é pesado por quem é de fora”, diz.

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