facebookPixelImage

Othon Palace é arrematado em leilão por R$ 32,4 milhões por imobiliária de BH

5 ago, 2021 | Fusões e Aquisições

O leilão durou cerca de meia hora e a vencedora foi a Alfa Empreendimentos Imobiliários de Belo Horizonte que deu vários lances ao longo do certame.

Fonte: O Tempo – 03/08/2021.

O prédio do tradicional hotel Othon Palace, no centro de Belo Horizonte,  foi arrematado por R$ 32.450.000,00 em leilão online, na manhã desta terça-feira (3). O leilão durou cerca de meia hora e a vencedora foi a Alfa Empreendimentos Imobiliários de Belo Horizonte que deu vários lances ao longo do certame. 

O lance inicial era de R$ 30 milhões. Conforme informado, esse total terá que ser pago em até 5 dias úteis, já o restante poderá ser pago dividido em até 10 vezes. A empresa que adquiriu o imóvel também terá que pagar cerca de R$ 6 milhões de débitos referentes ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).

Além disso, o arrematador deve ficar atento a também a fachada do local. Por ela ser tombada, qualquer mudança teria que passar pela autorização dos órgãos públicos.“Estávamos muito confiantes em um bom resultado. Esses recursos contribuirão, decisivamente, para darmos continuidade ao nosso plano de recuperação”, ressalta a Administração da rede de Hotéis Othon, por meio de nota. 

O leilão contou com três interessados que se revezaram aumentando os lances, que começaram em  30.941.200,00, justamente pela empresa vencedora. Depois foram dados mais 48 lances até a chegada do valor final em que ele foi arrematado. 

LEILÃO EM OUTUBRO TERMINOU SEM COMPRADORES 

No dia 6 de outubro do ano passado foi realizado um leilão do prédio que terminou sem compradores. O lance mínimo era de R$ 30 milhões conforme estabelecido pela 5ª vara empresarial do Rio de Janeiro. O processo do leilão foi todo digital, durou cerca de 40 minutos e foi realizado pela  Rymer Leilões. 

Na época, a rede informou por nota que a realização do leilão não gerou “resultado esperado” e que a ação “foi apenas uma das alternativas encontradas desde que o plano da Recuperação Judicial foi homologado, no segundo trimestre de 2020”.

HISTÓRICO DO OTHON PALACE

O Othon Palace fica na avenida Afonso Pena, região Centro-Sul de Belo Horizonte, e começou a funcionar em 1978, encerrando as atividades em 2018. Foi o primeiro hotel de luxo da capital minieira e assim foi considerado por 20 anos. A fachada do prédio tombada é bem tradicional e chama atenção na cidade. O hotel tem 296 quartos e 28.936 metros quadrados de área construída.   

A Rede de Hotéis Othon decidiu vender o empreendimento como parte da estratégia de reestruturação da empresa. O dinheiro levantado será usado para  pagamento das verbas trabalhistas e outros credores. A ideia é fazer cumprir o plano da recuperação judicial. 

Em forma de meia lua, em uma das área mais movimentadas da cidade, o hotel já abrigou diversas celebridades e foi palco até de decisões políticas, quando o último presidente do Brasil no regime militar, João Figueiredo utilizou uma das 15 salas de eventos.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) em Minas Gerais, Guilherme Sanson acredita que a venda é importante, apesar de ainda não se saber quais os planos para a estrutura do local. 

É importante essa venda do Othon, apesar de não sabermos qual será a destinação dele, se vai ser mesmo utilizado para ser um hotel, como ele foi no passado, se vai ser adaptado para um residencial, ou reseidencial para serviços para a terceira idade. O que é importante agora a arrematação dele.

Sanson aponta ainda que é importante que haja uma revitalização. É um icone da região central e pelo que eu percebo todas as regiões centrais das grandes cidades estão passando por um processo de revitalização. Talvez esse seja o pontapé inicial para a região central de Belo Horizonte dar início essa revitalização da região.

Leia Mais:

Livros retornam; livrarias, não

Livros retornam; livrarias, não

Fonte: UOL - 19/10/2021. Quem analisa a situação das livrarias no Brasil pensa que o consumidor deixou de ler. Durante algum tempo, isso até foi verdade. À medida que, abatidas por crises, as gigantes Saraiva e Cultura fecharam dezenas de lojas, a venda de livros...

× Fale com o Presidente