Fonte: Seu Dinheiro – 25/05/2021.
Em momentos de forte crise, alguns segmentos econômicos podem passar por um movimento de consolidação. Enquanto algumas empresas acabam trilhando o doloroso caminho da recuperação judicial, outras se unem para enfrentar a tempestade, e aquelas em melhor condição adquirem as mais machucadas, mas que ainda têm um negócio viável.
Quem acompanha esta newsletter já sabe bem como a coisa funciona, pois tem lido bastante, ultimamente, sobre empresas em RJ e também sobre as fusões e aquisições no varejo de moda, um dos segmentos mais abalados pela pandemia do coronavírus.
Agora, pode ser que estejamos prestes a assistir a alguma movimentação desse tipo em outro segmento que também tem sofrido bastante com esta crise sanitária: o das companhias aéreas.
Desde março do ano passado, as empresas do setor têm apresentado números vermelhos, mas uma delas tem sobrevivido com uma saúde melhor que as suas concorrentes: a Azul. Enquanto Latam e Gol queimam recursos, a companhia focada em voos domésticos ampliou sua posição em caixa e vem melhorando seus números operacionais.
Agora, a Azul se posicionou oficialmente como uma consolidadora de mercado. Em outras palavras, mostrou estar disposta a fazer aquisições e tem bala na agulha para isso. Será que vamos ver um negócio fechado em breve?
MERCADOS
• A inflação até desacelerou por aqui, mas os novos dados sobre a economia americana e a queda das commodities azedaram o humor do mercado hoje. Com isso, o Ibovespa recuou 0,84% e voltou para os 122.987 pontos, enquanto o dólar subiu 0,23% a R$ 5,33.
• Um benefício concedido a milionários do Tesouro Direto está prestes a acabar. Aplicações superiores a R$ 5 milhões em títulos públicos, antes isentas de taxa de custódia, estarão sujeitas à cobrança de 0,25% ao ano feita pela B3 a partir do mês que vem.
• Depois de inovar com um produto voltado ao mercado de carbono, a Vitreo também vai permitir que interessados se exponham ao cobre, commodity que valorizou 121% na pandemia.
EMPRESAS
• Nós já informamos ontem que o Inter quer trocar a bolsa brasileira pela norte-americana Nasdaq e fechou um acordo de até R$ 2,5 bilhões com a Stone.
• A queda recente nas ações da XP levou o Credit Suisse a alterar sua recomendação para a empresa. Além disso, o banco também se mostrou preocupado com os rumos da batalha por agentes autônomos entre a corretora e o BTG Pactual.
ECONOMIA
• Mostrando que cão que ladra também morde, a Mongólia Interior, uma região autônoma da China, divulgou hoje oito regras para controlar a mineração de bitcoins.