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ArcelorMittal está na disputa pelas usinas de Gupta na França

3 jun, 2021 | Fusões e Aquisições, Recuperação Judicial

A siderúrgica alemã Saarstahl e a italiana Beltrame Group também têm interesse nos ativos

Fonte: Valor Econômico – 02/06/2021.

A ArcelorMittal, uma das maiores produtoras de aço do mundo, está entre as empresas que deverão disputar as usinas siderúrgicas na França do atribulado magnata do mundo dos metais Sanjeev Gupta.

A siderúrgica alemã Saarstahl e a italiana Beltrame Group também estão na disputa para comprar as usinas Ascoval e Hayange, na França, pertencentes a Gupta, segundo confirmado por fontes a par da situação.

A ArcelorMittal não quis comentar. A Saarstahl e a Beltrame não puderam ser contatadas para comentar o assunto.

O “Financial Times” revelou em maio que a Liberty Steel, de Gupta, a divisão siderúrgica de seu conglomerado GFC Alliance, havia colocado à venda as duas usinas no nordeste da França, depois de não ter conseguido refinanciá-las.

A Liberty Steel é dona da Hayange apenas desde agosto, quando a comprou de sua administradora anterior, a British Steel, que pediu recuperação judicial.

A Ascoval, anteriormente controlada pela Greybull Capital, a firma de investimento em participações dona da siderúrgica britânica, foi comprada na mesma época pela Liberty Steel.

A GFC Alliance vem encontrando problemas para encontrar novas fontes de financiamento desde que sua principal credora, a Greensill Capital, quebrou em março e entrou em administração judicial.

O grupo também é alvo de suspeita de fraudes, que o Departamento Antifraudes do governo do Reino Unido (SFO, na sigla em inglês) está investigando. A venda das duas usinas na França é observada de perto pelo governo.

A Hayange, perto da fronteira com a Alemanha, é considerada um ativo estratégico nacional, porque fabrica trilhos de aço para as ferrovias francesas e para o metrô parisiense. A Ascoval opera um forno elétrico a arco usado para reciclar sucata.

Em março, o governo francês deu um crédito de € 20 milhões para as duas usinas. Comunicou que tem interesse em socorrer funcionários e as instalações afetadas pelos problemas da GFC Alliance, mas que não ajudará os acionistas. Os créditos foram concedidos sob a condição de que a empresa consiga levantar novo financiamento.

O processo formal de venda começou no fim de abril, segundo uma fonte a par da situação. O Rothschild assessora a venda.

Dada a força do mercado siderúrgico, a GFC Alliance se diz “confiante” em garantir novos financiamentos, mesmo depois de as duas usinas terem sofrido uma “redução significativa no apoio na sustentação do capital de giro” desde a quebra da Greensill Capital.

“Ao mesmo tempo, estamos dando passos prudentes para explorar opções de venda desses negócios e convidaremos interessados para apresentar ofertas”, acrescentou a empresa.Dentro dos esforços para evitar a quebra generalizada, a GFC Alliance também está vendendo três usinas de aços especiais no Reino Unido, incluindo as instalações em Stocksbridge, em Yorkshire.

Fontes disseram que vários possíveis interessados se manifestaram nos últimos dias.

A GFC Alliance vem tentando refinanciar suas operações no Reino Unido, mas as conversas com o White Oak Global Advisors, firma de private equity dos Estados Unidos, foram abandonadas, após notícias sobre a investigação no SFO.

O Jingye Group, dono chinês da British Steel, informou a autoridades governamentais estar disposta a comprar partes da Liberty Steel. Acredita-se que empresa estaria interessada especificamente nas usinas da Liberty em Rotherham, que, segundo a GFC Alliance, não estão à venda.

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