Fonte: O Estado de S. Paulo – 25/07/2021.
O processo para a venda da Braskem pela Novonor (ex-Odebrecht) entrou na fase de seleção das ofertas, já que teria sido decidido o modelo de “fatiamento” do grupo. A unidade da petroquímica na Alemanha pode entrar no pacote americano, que tem o grupo petroquímico holandês Lyondellbasell como interessado. Há dúvidas se a unidade mexicana, a Braskem Idesa, será vendida com a operação da empresa no Brasil, nos Estados Unidos ou mesmo separadamente, com a Pemex, a petrolífera estatal daquele país, comprando e integrando o petróleo com a petroquímica. A Novonor detém 50,1% do capital votante e 38,3% do capital total da Braskem.
No Brasil, os fundos são os maiores interessados pela fatia da Novonor na Braskem. O mais forte candidato para levar a operação local é o Mubadala, fundo de Abu Dhabi que comprou recentemente a refinaria Landulpho Alves (Rlam), da Petrobras, na Bahia. Com grande apetite por ativos no Brasil, a última proposta pública do fundo árabe foi a oferta de R$ 1,1 bilhão, pelas ações ordinárias da subsidiária Brasil PCH da Renova Energia, que serão levadas a leilão em agosto. A Renova é uma coligada da Cemig, em recuperação judicial.
O prazo para o recebimento das propostas encerrou em 9 de julho e a venda é esperada para este ano. A Petrobras, outra sócia na Braskem, com 36,1% do capital total, só deve anunciar qual modelo vai seguir na venda depois de a Novonor anunciar sua estratégia.
A Petrobras pode fazer ou não uso de seu tag along (direito a deixar a sociedade com a entrada do novo sócio), caso a proposta que seria feita pela fatia da Novanor for considerada financeiramente pertinente. Procurados, Braskem, Novonor e Petrobrás não comentaram.