Fonte: AEROIN – 04/08/2021.
Um novo capítulo na queda de braço entre a Itapemirim e seus credores foi relatado recentemente pelo Jornal Valor Econômico. A matéria cita que três grupos de credores, incluindo o Banco Mercantil do Brasil e um Fundo de Investimentos, acusam a empresa de uso inapropriado de recursos da recuperação em outros negócios.
A Itapemirim negou e disse que a reclamação parte de três credores num universo de mais de 4 mil, além de dizer que o processo está sendo decidido na Justiça. Em 24 de maio, a empresa solicitou a conclusão do seu processo de recuperação, mas ainda não houve uma resposta por parte dos credores e da justiça.
Em maio, outro credor, o China Construction Bank Brasil, também havia pedido a destituição da diretoria exatamente pelo mesmo motivo.
O que reclamam
O tema de agora é similar ao que reportamos aqui há alguns meses e refere-se ao fato da empresa supostamente não estar destinando 80% da receita dos leilões de imóveis e ônibus para o pagamento das pendências da recuperação judicial. Ao invés disso, o dinheiro estaria sendo usado para gerar caixa para a Itapemirim Transportes Aéreos (ITA). A posição dos credores foi protocolada na 1a. Vara de Falências da Comarca da Capital do Estado de São Paulo.
Por conta desse cenário, o grupo está pedindo a destituição do presidente do Grupo, Sidnei Piva e de toda a diretoria.
Destinar 80% da receita dos leilões para a recuperação judicial é uma condição da recuperação judicial que o Grupo Itapemirim tentou derrubar, mas que os credores levaram a melhor em decisão de fevereiro da Justiça. O total devido a esse grupo, em valores atuais, seria de cerca de R$ 100 milhões.