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Mina de ferro no AP volta a operar com exportação

5 ago, 2021 | Recuperação Judicial

Projeto da antiga Zamin deve concluir o embarque de 180 mil toneladas este mês

Fonte: Valor Econômico – 04/08/2021.

A mina de Pedra Branca do Amapari, no interior do Amapá, voltou a operar. O projeto, que pertenceu à Zamin, prevê concluir o embarque de 180 mil toneladas de minério de ferro para a China este mês. As exportações da commodity renderam receita de US$ 10 milhões.

Os embarques de minério fazem parte do estoque de cerca de 1 milhão de tonelada que a DEV Mineração, sucedânea da Zamin no projeto, administra. Essa exportação, porém, atrasou dois anos, pois esse estoque foi dado como garantia fiduciária ao grupo de três bancos credores na recuperação judicial em 2019.

A empresa entrou no Tribunal de Justiça de São Paulo e conseguiu a liberação de exportação de parte do volume para manter a operação e o pagamento das dívidas.

O objetivo, é quitar dívidas e dar início aos investimentos para retomar a operação, principalmente com a reabilitação do porto de Santana. Os primeiros embarques foram feitos em março deste ano.

O estoque foi oferecido como garantia aos bancos Intesa San Paolo, Canada Bank e State Bank of Índia.

Os bancos resistem a um acordo visando a comercialização, fato que, para a Justiça, não pode impedir o prosseguimento dos negócios da empresa, sobretudo a ponto de impedir sua recuperação. A decisão sustenta que a venda possibilitará a retomada das atividades da empresa, favorecendo todos os credores.

O projeto está localizado em área permitida na Amazônia do Estado do Amapá e despertou o interesse de Eike Batista, que em 2003 conseguiu todas as licenças ambientais para operar a mina. A primeira extração ocorreu em 2007. Em 2008 o complexo foi para as mãos da Anglo American, depois que a mineradora comprou as operações da MMX. Em 2013, no entanto, a Anglo saiu do negócio que foi comprado pela também inglesa Zamin Ferrous.

No fim daquele ano, ocorreu um acidente no terminal portuário que destruiu o pier de atracação e inviabilizou a operação da mina. Com isso, em 2014, a Zamin entrou com pedido de recuperação judicial.

Outra frente da recuperação judicial tem sido na Justiça do Trabalho. Parte dos recursos da exportação foi depositada em juízo, cerca de R$ 5 milhoes destinados aos credores trabalhistas. Todos aqueles que se habilitaram e deram informações de pagamento foram contemplados. Ao todo o passivo trabalhista gira em torno de R$ 9 milhoes. Toda a dívida da companhia aprovado em 2019 na recuperação judicial é de R$ 900 milhões.

A mina tem reserva de 251 milhões de toneladas de minério de ferro e capacidade de produção de 5,3 milhões de toneladas. Com investimentos, pode chegar a 11 milhões de toneladas.

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