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Recuperação judicial é rejeitada e carbonífera pode ter falência decretada no Sul de SC

16 ago, 2021 | Recuperação Judicial

Credores da Carbonífera Criciúma rejeitaram em assembleia nesta quinta-feira (11) o plano de recuperação judicial da empresa no Sul de SC e Justiça definirá se falência será decretada ou não

Fonte: ND+ – 11/08/2021.

Os credores da Carbonífera Criciúma rejeitaram o plano de recuperação judicial da empresa que parou as atividades em 2015. A apresentação do plano ocorreu nesta quinta-feira (11) na segunda Assembleia Geral de Credores da Recuperação Judicial da Carbonífera Criciúma de forma online. A primeira Assembleia não ocorreu por falta de quórum.

A proposta foi rejeitada por quase todos os credores que participaram do encontro. Desta forma, agora a decisão sobre a decretação de falência ou continuidade da recuperação judicial fica a cargo da Justiça.

“Próximos passos em tese é a convolação da recuperação judicial em falência pelo poder judiciário. Evidentemente que cabe apenas ao judiciário a tomada da decisão final”. “Na nossa experiência, muito provavelmente esse processo será convolado em falência por conta da decisão que foi obtida na Assembleia rejeitando aí em quase 98%, 99% da maioria desses credores”, completa.

São mais de mil credores  da Carbonífera entre trabalhadores, fornecedores e outros que ainda não receberam os valores devidos. Um comitê de credores foi criado na Assembleia. A criação do comitê ocorreu para evitar gastos com nova assembleia, caso a justiça defina pela continuidade da recuperação judicial, mesmo após a rejeição dos credores.

Relembre o caso

Em 2015, a Carbonífera Criciúma paralisou as atividades deixando mais de 700 trabalhadores sem receber as saídas e os salários que estavam atrasados em Criciúma e Forquilhinha. A empresa entrou com pedido de recuperação judicial no dia 14 de maio do mesmo ano, na Comarca de Eldorado do Sul (RS).  Desde então os trabalhadores e credores buscam uma saída para receberem os valores devidos pela Carbonífera.

Em dezembro de 2019, a juíza Eliza Maria Strapazzon, titular da 1ª Vara da Fazenda Pública da comarca de Criciúma, proferiu sentença que convolou a recuperação judicial da Carbonífera Criciúma S.A em falência. A empresa entrou com recurso no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) que decidiu, no início deste ano, pela continuidade do processo de Recuperação Judicial da Carbonífera Criciúma.

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