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Segundo BNP Paribas, Brasil entrará em recessão técnica no 1º semestre

14 abr, 2021 | Finanças

As restrições à circulação impostas para conter a pandemia devem fazer a economia brasileira entrar em recessão técnica no primeiro semestre, mas o cenário de retração é passageiro na avaliação do BNP Paribas. “Não acho que isso terá impacto duradouro imaginando o resto do ano. Serão dois trimestres afetados por restrição de mobilidade, em particular o segundo trimestre”, afirmou Gustavo Arruda, chefe de pesquisa para América Latina do BNP, em coletiva realizada hoje.

Segundo Arruda, o Produto Interno Bruto (PIB) deve recuar cerca de 0,5% no primeiro trimestre em relação ao último trimestre de 2020, feitos os ajustes sazonais, e a contração a ser observada de abril a junho deve ser mais próxima de 1%. A segunda onda foi pior do que o quadro traçado pelo banco em janeiro, disse o economista, ao mesmo tempo em que o cronograma de vacinação também está mais atrasado do que o suposto, mas a instituição mantém a estimativa de crescimento de 2,5% para 2021, contando com forte recuperação da atividade no segundo semestre.

“A vacinação está atrasada, mas começa a ganhar tração no segundo semestre com mais entregas de vacinas”, comentou Arruda. No cenário-base do BNP, toda a população de risco estará imunizada até o fim do primeiro semestre, enquanto a vacinação de todos os brasileiros adultos estará concluída somente em março de 2022. O economista destacou, no entanto, que os grupos de risco vacinados já ajudam a dinamizar a atividade, permitindo uma reabertura maior dos serviços e do comércio.

Para flexibilizar as medidas de distanciamento social, é fundamental que a pressão sobre o sistema de saúde diminua, observou Arruda, o que deve acontecer quando a vacinação atingir a maior parte dos grupos prioritários. “As restrições à mobilidade colocadas na economia neste momento não buscam necessariamente restringir a dinâmica da doença, mas sim fazer com que o sistema de saúde não colapse”.

Olhando à frente, avalia Arruda, a conclusão da vacinação em países desenvolvidos, como EUA e Reino Unido, a perspectiva de entrega de um volume maior de doses para o Brasil e um maior número de imuzinantes aprovados pela Anvisa para aplicação no país desenham um quadro melhor. “Me parece um pouco mais difícil termos uma decepção com a vacinação no segundo semestre”.

Fonte: Valor Investe

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