Fonte: Jornal Opção – 25/05/2021.
Na sexta-feira, 21, a grife TNG pediu recuperação judicial. A empresa tem dívidas no valor de 250 milhões de reais. Segundo reportagem de “O Globo”, assinada por Bruno Rosa, a intenção do grupo “é buscar uma proteção para restabelecer o fluxo de caixa e evitar ações de execução. Com 600 funcionários, cerca de 90% da receita da empresa vêm das lojas físicas”.
A rede TNG, que tem lojas em shoppings, “fichou fechada por 200 dias desde o início da pandemia”, revela Tito Bessa Junior, fundador da empresa. O empresário informou ao Globo que 70 lojas da TNG foram fechadas. 100 lojas permanecem abertas.
A grife Cavalera pediu recuperação judicial no início de maio, em São Paulo. Suas dívidas são de 60 milhões de reais.
A Restoque, que dirige as grifes Le Lis Blanc, Dudalina e Rosa Chá, “entrou em recuperação extrajudicial no ano passado e negociou com os credores a emissão de debêntures” em fevereiro “no valor de 1,4 bilhão de reais”, assinala “O Globo”.
A Le Postiche e a Via Uno também pediram recuperação judicial.
O setor de modas vive a “tempestade perfeita”. Os programas do governo de apoio do ano passado já foram usados e serviram como forma de amortecimento. Mas os problemas de 2020 foram empurrados para 2021. Nos próximos dias, vai entrar com pedido de recuperação judicial de uma rede varejista com mais de 30 lojas espalhadas pelo país e dívidas superiores a 300 milhões de reais, anota “O Globo”.
“O Globo” relata que a dona da Salinas, da Ellus e da Richard — a InBrands — teria chegado “a fazer consultas com escritórios, mas nega que fará recuperação judicial”.
Os empresários torcem para que uma terceira onda da pandemia não leve ao fechamento do comércio, o que agravará a crise. Por isso defendem que é preciso vacinar os brasileiros o mais rápido possível.